Foto: Tecnisa

          Os estilos de decoração nos ajudam a criar uma referência quando decidimos reformular um ambiente. Seja tendo optado por fazer a decoração por conta própria ou contratando um profissional, definir um estilo de decoração ajuda também a descobrir as possibilidades nas pesquisas online, ao solicitar uma sugestão a um fornecedor ou procurar inspirações em catálogos etc.

Embora seja inegável a importância de se ter referências para criar um ambiente harmonioso, pode ser muito frustrante se agarrar a um único estilo de decoração pelos seguintes motivos:

1. Clichê: Assim como em vários trabalhos criativos, a decoração tem seus estereótipos que são muito reforçados quando se tenta repetir uma fórmula para definir um estilo. Neste caso ficam massivamente utilizados, perdendo assim a possibilidade de singularidade daquele ambiente.

2. Impessoal: Quando alguém opta por se prender a uma receita para definir um ambiente o mesmo poder perder totalmente a pessoalidade. Afirmando o que gosto de repetir por aqui, um ambiente precisa refletir o(s) morador(es): seus hábitos, seu história, seus hobbies, a dinâmica, a forma como a casa é utilizada. 

3. Datado: Muitos novos estilos aparecem conforme o gosto por decoração tem sido difundido principalmente pelas redes sociais. Com exceção dos estilos clássicos, alguns deles podem ficar datados. Alguns possuem vida longa e outros ficam obsoletos muito rapidamente. Quando pensamos em projetar um ambiente, partimos do pressuposto de que a decoração não será trocada a cada ano. Precisamos pensar pelo menos a médio prazo e ter cautela com os modismos.

Dicas utilizadas pelos profissionais para contornar o problema  sem deixar de usar os estilos como referência:

- Uma combinação de pelo menos 3 estilos diferentes, onde podemos ter um principal e outros complementares que juntos ajudarão a criar um estilo único.

- A criação de um moodboard  (colagem com imagens de referências variadas para composição de estilo) é de grande importância para um ambiente com identidade.

Foto: Telegraph

- Catalogar móveis já existentes e objetos pessoais como obras de arte, coleções, itens com valor sentimental dos moradores. Este conjunto de objetos, vistos em um único grupo, ajudam a criar um ponto de partida para definir a combinação de elementos complementares.